Após o chumbo das moções de censura apresentadas pelos partidos Chega e PCP, o próprio primeiro-ministro apresentou ao Parlamento uma moção de confiança ao seu Governo, que será votada na próxima terça-feira (11 de março).
Sem o apoio dos dois maiores partidos presentes na Assembleia da República (PS e do Chega), o chumbo da moção proposta por Luís Montenegro ditará a queda do XXIV Governo e a possibilidade, já admitida pelo Presidente da República, da realização de eleições antecipadas em maio.
Perante este cenário, o presidente da CAP dirigiu um apelo aos partidos políticos para que contribuam “para uma rápida clarificação e estabilização da situação política”. Álvaro Mendonça e Moura, considera que as “questões do foro jurídico devem ser apreciadas nos locais próprios. Não é admissível que guerrilhas político-partidárias repetidas contribuam para arrasar ainda mais ou mesmo impedir a aplicação na prática de uma visão estratégica para o setor”, argumentou em resposta à Agência Lusa.
O líder da CAP insiste que Portugal precisa de “estabilidade e confiança para que os empresários agrícolas e os produtores florestais, continuem a investir, crescer e modernizar-se”. Mendonça e Moura sublinhou ainda que
o reconhecimento da agricultura e da floresta como um setor estratégico para o país foi uma “inflexão louvável do discurso político” deste Executivo, ainda que os agricultores esperassem uma mais rápida tradução das palavras em atos no terreno.
A CAP considera que a modernização do setor e a revitalização do mundo rural, bem como o combate à desertificação e as infraestruturas para o armazenamento e distribuição de água, não devem estar reféns de “puras lógicas políticas”.
A moção de confiança vai ser debatida e votada na terça-feira, 11 de março.
Fonte: CAP, 07/03/2025