O Presidente da República está a auscultar os parceiros sociais, depois de ter ouvido os partidos políticos, sobre a declaração de um novo estado de emergência para fazer face à evolução da pandemia.

No encontro de ontem com o Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, defendeu que “a ser decretado um novo estado de emergência, terá de ter contornos diferentes para que não haja confinamento total, porque a economia não suportaria isso”.

Para o presidente da CAP o atual estado da saúde pública é um perigo, mas considera que as medidas que venham a ser tomadas para travar a pandemia da covid-19 devem ser compatíveis com a sobrevivência das empresas, para evitar o colapso da economia.

Oliveira e Sousa salientou que “muitas empresas correm o risco de fechar, pondo em risco os empregos” e alertou também para os atrasos nos pagamentos de subsídios aos agricultores.

“Os agricultores não foram abrangidos pelos apoios às empresas no âmbito da pandemia, porque continuaram a trabalhar, mas precisam que lhes sejam pagos atempadamente os apoios provenientes da PAC, o que não aconteceu em Outubro”, afirmou.

Oliveira e Sousa referia-se aos mais de 12.500 agricultores que aguardavam o pagamento do apoio à Produção Integrada em 31 de Outubro, um montante global de 25 milhões euros que “os agricultores não receberam e esse dinheiro faz-lhes falta” disse o presidente da CAP.

Nota: Segundo as actuais previsões do IFAP, esse montante será disponibilizado durante a primeira quinzena de Novembro.

 

Fonte: Agência Lusa