Esta segunda-feira, o preço dos combustíveis voltou a subir, pela terceira semana seguida. O descongelamento progressivo da taxa de carbono inscrita no Orçamento de Estado vai fazer subir, substancialmente os preços dos combustíveis e, consequentemente acarretar aumentos nos produtos e serviços, nomeadamente nos alimentos.

O Secretário-Geral da Confederação dos Agricultores de Portugal acusou hoje o Governo português de “estar viciado em impostos” e de se “esquecer da competitividade das empresas e da economia”.

Luís Mira explica que “70% do custo energético do sector agrícola está no gasóleo”, o que significa o inevitável aumento do custo dos produtos sempre que o Governo mexer no preço dos combustíveis.

O responsável da CAP reforça ainda que os custos com o gasóleo agrícola são mais baixos em países vizinhos, o que significará o “necessário aumento das importações de produtos” que, por exemplo, os agricultores espanhóis conseguem vender a preços mais baixos.”

Também o Diretor-Geral da APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição), Gonçalo Lobo Xavier, refere que este “descongelamento da taxa de carbono irá pressionar o setor”, antecipando um aumento de preços no fim da cadeia, com prejuízos para os consumidores.

No OE2025, o Governo espera arrecadas 525 milhões de euros com a taxa de carbono.


Fonte: CAP, 14/10/2024