À segunda volta e com 345 votos, será novamente um italiano a presidir ao Parlamento Europeu, substituindo António Tajani que presidia ao PE desde 2017.

No discurso da vitória, David-Maria Sassoli lembrou os recentes resultados das eleições europeias e os desafios da nova legislatura parlamentar que hoje se inicia, numa época que classificou “de mudanças históricas”, apelando aos governantes para “que tenham coragem para recuperar a sensatez e a audácia”.

O nome de David-Maria Sassoli foi proposto pelo grupo parlamentar socialista (S&D) na sequência da Cimeira Extraordinária de Chefes de Estado e de Governo que terminou ontem, ao cabo de uma maratona negocial com mais recuos do que avanços.

Recorde-se que o objetivo da Cimeira de estabelecer um acordo para as nomeações dos cargos de topo da União Europeia que respeitasse um equilíbrio partidário, geográfico e de género, cedo se revelou impossível com o bloqueio de estados-membros como a Polónia, Hungria, República Checa e Eslováquia (o chamado Grupo de Visegrado) a nomes como o do socialista Frans Timmerman para presidir à Comissão Europeia.

Na véspera da abertura do Parlamento Europeu, as últimas horas da Cimeira produziram uma proposta completamente nova, retirando todos os nomes até aí anunciados e dados como garantidos neste processo.

A proposta que o Parlamento Europeu deverá agora votar apresenta os seguintes nomes:

Comissão Europeia – Ursula von der Leyen (Alemanha, PPE)

Conselho Europeu – Charles Michel (Bélgica, Liberais)

Banco Central Europeu – Christine Lagarde (França, PPE)

Alto Representante para Politica Externa  - Joseph Borrel (Espanha, S&D)

Parlamento Europeu – David-Maria Sassoli (Itália, S&D) – 1ª parte

                            Manfred Weber (Alemanha, PPE)- 2ª parte